O secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, recebeu um documento que apresenta propostas para o desenvolvimento da produção do bicho-da-seda no Paraná para os próximos dez anos.
O documento, elaborado pela Câmara Técnica do Complexo da Seda do Estado do Paraná (CTCS) e pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (CEDRAF), foi entregue pela presidente da Associação Brasileira da Seda e diretora executiva da Fiação de Seda Bratac, Renata Amano, junto com o deputado Tiago Amaral e o coordenador de sericicultura da Emater, Oswaldo Pádua, e a engenheira agrônoma do Departamento de Economia Rural da Seab, Gianna Maria Cirio.
No Programa de Desenvolvimento da Sericicultura Paranaense estão listadas diversas propostas para o avanço da produção da sericicultura no estado até 2030, como o desenvolvimento de variedades de amoreiras, produção de mudas, desenvolvimento de novas máquinas e equipamentos para a produção em larga escala, capacitação tecnica, inovação tecnológica e linha de financiamento.
Renata Amano, diretora executiva da Bratac, afirmou a necessidade de evoluir em todas as áreas da sericicultura no Paraná, que hoje é o maior produtor nacional de casulos de bicho-da-seda. Segundo ela, “esse é o momento de atualizar esse profissionais do campo, aumentar a produtividade partindo do investimento em novas tecnologias, na especialização dos produtores rurais. Mostrar que a produção da seda é rentável e fortalece a agroindústria nessa área”, afirmou.
O Paraná é o maior produtor de fio de seda no País, sendo responsável por 84% do volume nacional. Há duas mil famílias envolvidas na atividade em 187 municípios, a maioria está concentrada nas regiões norte e noroeste. O diferencial do fio paranaense é sua elevada qualidade e por isso é disputado pelas tecelagens mais exigentes do mundo, representando um volume de exportações que supera US$ 30 milhões por ano. No entanto, o volume de produção atual é insuficiente para suprir a demanda do mercado internacional, que busca cada vez mais o fio de seda paranaense de alta qualidade. Toda a produção é processada pela Bratac, sediada em Londrina, única do hemisfério ocidental.
fonte: Assessoria de Imprensa