Teve protesto contra a privatização da Copel durante a visita de Ratinho a Maringá

Questionado sobre o protesto, Ratinho disse: “Tem dez pessoas protestando, é uma manifestação muito fraquinha, e na verdade nós estamos modernizando a Copel.

Não eram muitos, mas não deixaram de comparecer ao Paço Municipal da prefeitura de Maringá para protestarem contra o governador Ratinho Junior que veio na tarde desta sexta, 11, à cidade, para assinar um convênio com a prefeitura para o repasse de R$ 20 milhões para o início das obras do eixo monumental.

Os manifestantes são contra o processo de privatização da Copel que deve se concretizar nas próximas horas com o pagamento das reservas de ações por parte dos acionistas. O prazo para o pagamento expirava no final do dia e cada ação foi cotada a R$ 8,25. No total, a operação movimentou R$ 5,21 bilhões que vão entrar nos caixas do governo do Paraná que deixa de ser controlador da empresa para ser acionista de referência com cerca de 27% do capital e direito a voto.

Anteontem, deputados da oposição entraram com mandado

de segurança no TJ-PR, para manter decisão do TCE que

suspendeu a privatização da Copel. São eles, Requião Filho (PT),

Arilson Chiorato (PT), Renato Freitas (PT), Professor Lemos (PT),

Ana Júlia (PT), Dr. Antenor (PT), Goura (PDT) e Luciana Rafagnin (PT). 

O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa das Estatais e

das Empresas Públicas, deputado Arilson Chiorato (PT)

ressaltou que a luta contra a venda da Copel, pelo

governo Ratinho Jr., continua em outras instâncias.

 

Para os manifestantes, os paranaenses deveriam perceber que onde as estatais foram privatizadas, os resultados não foram bons. Em entrevista a OFATOMARINGA.COM durante a transmissão AO VIVO do evento protagonizado pelo governador Ratinho Junior, o estudante da UEM – Guilherme, citou o caso da companhia energética do Amapá.

O estudante da UEM – Guilherme – foi entrevista AO VIVO por OFATOMARINGA.COM durante o parêntese que a WEB TV abriu para dar espaço à manifestação

“A gente tem o exemplo da privatização da companhia de energia do Amapá que foi um desastre e que culminou com um apagão. A Copel já é uma empresa de capital misto e agora que o governo vai perder o controle e vai ser apenas mais um acionista, não se sabe qual direção que esse setor estratégico vai tomar”,  disse o estudante.

Questionado sobre o que faltou no processo de privatização para legitimá-lo, Guilherme disse “que faltou uma consulta popular” e questionou até mesmo a precificação das ações que para ele “foram vendidas abaixo do valor de mercado”. Abaixo, é possível assistir a parte da transmissão AO VIVO em que OFATOMARINGA.COM abriu um parêntese para falar das razões da manifestação e entrevistar o estudante que foi indicado pelo grupo para referir as razões do protesto.

 

 

Questionado por Ligiane Ciola sobre os protestos contra a Copel, o governador respondeu: “Tem dez pessoas protestando, é uma manifestação muito fraquinha, e na verdade nós estamos modernizando a Copel; as pessoas tem que compreender isso, o setor energético de todo o mundo não tem mais empresas pequenas, estamos disputando com franceses, americanos, chineses que são enormes conglomerados. A Copel continua sendo dos paranaenses; o maior acionista da Copel é o governo do estado. O que fizemos foi tirar a gestão de indicação política, não tem mais apadrinhamento, agora é gestão profissional, e além disso estamos garantido mais três usinas da Copel que se não fosse modernizadas e renovassemos os contratos seriam perdidas e iam terminar nas mãos do capital estrangeiro com o governo perdendo tudo”, argumentou o governador.

Veja o trecho da entrevista em que o governador responde sobre os protestos