A abertura da 56ª legislatura do Parlamento Nacional aconteceu na quarta-feira, 2, na Câmara dos Deputados em Brasília e contou com as presenças dos presidentes da Câmara Arthur Lira (PP) e do Senado Rodrigo Pacheco (PSD), que também preside o Parlamento.
Além de deputados, senadores e ministros, participaram também o presidente do STF Luiz Fux, o Procurador Geral da República Augusto Aras, e enfim, o presidente da República Jair Bolsonaro.
Tudo normal, não fosse O FATO que a Polícia Federal acaba de produzir um relatório de um inquérito concluindo que o vazamento de informações sigilosas sobre a investigação que apura a ocorrência de um ataque hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante uma transmissão online do presidente da republica configura crime de violação de sigilo funcional.
A PF não indiciou Bolsonaro porque não tem poder para fazê-lo, já que o presidente tem foro privilegiado. O pedido de indiciamento teria que ser feito pelo titular da PGR – Augusto Aras.
O deputado federal maringaense pelo partido dos trabalhadores ENIO VERRI participou da sessão solene que mesmo sem tratar do tema, reuniu em um único ambiente todos os personagens e instituições que atuariam diretamente na apuração dos fatos caso Aras apresentasse a denúncia contra Bolsonaro.
Verri diz que além do embaraço, Bolsonaro teve que fazer de conta que não percebeu as piadas feitas pela oposição e até por parlamentares da base do governo sobre seu discurso no Parlamento.
“O discurso de Bolsonaro foi motivo de piada entre parlamentares da oposição e de sua base porque foi um discurso deslocado da realidade brasileira. Enquanto os discursos de Lira, Pacheco, Fux e até de Aras se concentraram sobre os grandes desafios históricos do país, Bolsonaro preferiu fazer de conta que fome, miséria e desemprego não existem”, explica Verri.
“BOLSONARO TEM MUITOS CRIMES E RESPONDERÁ APÓS O FIM DE SEU MANDATO”
A posição do Supremo é exatamente esta. Bolsonaro responderá por todos os crimes que cometeu, ele e seus filhos, após o fim de seu mandato. Ele não vai escapar. Só não vai responder agora porque tem foro privilegiado.
Enio diz que Bolsonaro “não faz nada para combater a inflação que aumenta a miséria e o desemprego”.
“ORÇAMENTO DA UNIÃO PRECISA SER AJUSTADO – POBRES PRECISAM SER INCLUÍDOS E RICOS COLOCADOS NO IR”
Na entrevista a O FATO MARINGÁ, Enio Verri falou sobre os desafios que os parlamentares da oposição terão para o ano de 2022. Para o parlamentar, não é possível manter os vetos que o presidente fez em áreas prioritárias como educação e saúde. Na última semana, Jair Bolsonaro vetou mais de R$ 3,18 bilhões do orçamento deste ano.
“Um grande absurdo. Áreas como saúde e educação estão sofrendo cortes de investimentos mesmo com os impactos negativos da pandemia. Justo quando teríamos que fazer um orçamento, no qual onde os pobres sejam incluídos e os ricos colocados no imposto de renda”, defendeu Verri.
TRANSPORTE PÚBLICO: VERRI ELOGIA INICIATIVA DE ULISSES, MAS DIZ “QUE É NECESSÁRIO DISCUTIR UMA POLÍTICA ÚNICA PARA OS MUNICÍPIOS DA AMUSEP”
Sobre a iniciativa do prefeito de Maringá de assumir o ônus que a gratuidade garantida a algumas faixas da cidadania no transporte público criou, Enio disse que é uma ação louvável, mas que é preciso fazer mais. “Lamento que a região metropolitana de Maringá não possa receber subsídios do goveno do estado assim como já acontece com Curitiba. Temos que motivar o transporte coletivo em relação ao transporte individual e o Estado tem assumir o ônus de oferecer subsídios para o setor, que podem vir em forma de subsídio para o combustível do transporte coletivo. É inevitável e urgente que se opte por subsidiar o transporte público para evitar que as concessionárias quebrem levando prefeituras, governo do estado e até à União a terem gerir o serviço que não tem nada a ver com o papel do Estado nesse momento que estamos vivendo”.