A assinatura do repasse dos R$ 20 milhões à fundo perdido para o início da obras do Eixo Monumental de Maringá deveria ter acontecido em uma cerimônia externa no Centro de Convivência Comunitária Renato Celidonio, mas a chuva e a ameaça de vendaval obrigaram o cerimonial a transferir o evento para o interior do Auditorío Hélio Moreira.
O governador chegou com cerca de meia hora de atraso e acessou o auditório atravessando o interior da prefeitura já que o auditório estava totalmente lotado, inclusive o saguão.
O governador evitou também entrar em contato com um grupo de manifestantes que protestava contra a privatização da Copel.
Antes de falar sobre o tema da Copel, o governador disse em entrevista a OFATOMARINGA.COM que a obra do eixo monumental vai transformar todo o centro de Maringá e que o governo do estado é um parceiro que não podia deixar de colaborar na revitalização que vai gerar empregos e aumentar a arrecadação.
“O prefeito Ulisses Maia vem trabalhando há muito tempo junto com seu time de arquitetos neste projeto que é muito bom, e nós percebemos que essa obra é uma grande oportunidade de desenvolvimento para toda a região em vários setores da economia. Automaticamente essa obra vai fazer com que Maringá continue a ser melhor cidade do país, com excelente qualidade de vida, e é por isso que destinamos os R$ 20 milhões de recursos que sabemos vão ser bem investidos”, disse Ratinho
Questionado por nós de OFATOMARINGA.COM sobre a Copel, se o incomodava que uma parte da população protestava do lado de fora do auditório pela privatização, o governador minizou a situação dizendo que se tratava de uma parte muito pequena da população.
“Tem dez pessoas protestando, é uma manifestação muito fraquinha, e na verdade nós estamos modernizando a Copel; as pessoas tem que compreender isso, o setor energético de todo o mundo não tem mais empresas pequenas, estamos disputando com franceses, americanos, chineses que são enormes conglomerados. A Copel continua sendo dos paranaenses; o maior acionista da Copel é o governo do estado. O que fizemos foi tirar a gestão de indicação política, não tem mais apadrinhamento, agora é gestão profissional, e além disso estamos garantido mais três usinas da Copel que se não fosse modernizadas e renovassemos os contratos seriam perdidas e iam terminar nas mãos do capital estrangeiro com o governo perdendo tudo”, argumentou o governador.
O anfitrião Ulisses Maia, lembrou que os R$ 20 milhões de contributo que o governador entregou nesta sexta, 11, são só uma parte do
dinheiro que será necessário e que o município colocará mais R$ 30 milhões de recursos próprios para realizar os três primeiros trechos da obra que incluem as Praças da Catedral e Renato Celidonio, mas também a Vila Olímpica.
“Se tudo der certo”, disse Ulisses em tom de brincadeira durante seu discurso, “daqui uns três meses, traremos o governador novamente para nos ajudar com mais recursos para os outros trechos que vão custar mais uns R$ 60 milhões, é por isso que estamos agradando bastante ele, vamos pedir mais dinheiro”, completou o prefeito provocando risos da platéia e do próprio governador.
Edson Scabora, vice-prefeito de Maringá que acumula a pasta da secretaria de Aceleração, Inovação e turismo, disse que a reforma do eixo vai doar a Maringá um espaço que guardada as proporções pode ser comparado ao Champs-Élysées de Paris; trará turistas de todo o Paraná e de fora, contribuindo com os projetos que a administração tem de investir em economia criativa através do turismo que é um grande motor de arrecadação além de gerar empregos e renda.
“É uma obra que vai potencializar muito a Maringá Turística trazendo gente de todo o Brasil. Além disso, temos que evitar que o centro da cidade envelheça. Revitalizando o eixo e posteriormente toda a avenida Brasil; vamos evitar que no futuro haja perda de arrecadação, de população e de beleza também. Cidades como Lisboa revitalizaram partes degradadas e criaram novos atrativos evitando todos esses tipos de perdas. Em Lisboa, parte do porto deu espaço a novos bairros e com isso levaram para lá à Feira Expo Mundial em 1998, e nós também temos que estar atentos às mudanças do mundo”, disse Scabora.