Quando os vereadores se sentarem no plenário na próxima terça-feira (25) para a realização da 14ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Maringá em 2025 já estarão sob a direção do novo presidente ou da primeira presidente mulher da história da Casa de Leis. É que antes, acontecem a eleição para presidente que está marcada para domingo (23) às 10h. O presidente interino, vereador Sidnei Telles, disse ontem (19) em entrevista coletiva, que todos os vereadores, exceto Mário Hossokawa, podem ser votados para o cargo de presidente. A votação, explica Telles, será por chamada nominal em ordem alfabética. Como presidente, ele deve chamar o nome do vereador que deverá dizer publicamente em que vota para ocupar o cargo máximo da Casa.

Telles, também é candidato, é traz para o pleito a breve experiência de sua presidência interina. Em cerca de dois meses, Telles enfrentou situações delicadas que exigem tato e conhecimento do Regimento Interno de quem preside. O destaque de sua atuação, fica por conta da indicação de voto na manutenção do veto imposto no final de 2024 pelo então prefeito Ulisses Maia no caso do projeto que aumentava os salários de prefeito, vice, secretários municipais e por indexação, também os dos vereadores. Telles pediu o voto pela manutenção do veto e foi atendido. A experiência e o tato de Telles pode não ser suficiente para confirmá-lo no cargo, mesmo que todos admitam que tem preparo para isso. “Pretendo convencer meus pares que fiz um bom trabalho nessa passagem pela presidência e que tenho experiência, conhecimento e tato para ser presidente da Câmara”, disse o vereador do Podemos.
O que sobra em um, pode faltar no outro. Nos bastidores e também publicamente, surgem nomes como o de Majô; sua candidatura não goza da simpatia de muitos vereadores.
Eleita pelo PP, a estreante chegou a receber o aval do líder do Executivo na Câmara, vereador Odair Fogueteiro (PP), que disse na quarta-feira(19) em entrevista a OFATOMARINGA.COM, que a eleição de Majô era certa com 18 ou 19 votos já garantidos.

Hoje (20) pela manhã, Fogueteiro através de sua assessoria de imprensa, enviou um texto explicando porque mudou de idéia e decidiu concorrer. “Confirmo minha candidatura à presidência da Câmara Municipal de Maringá após um forte apelo da maioria dos vereadores. Eu havia retirado meu nome da disputa, mas, diante do pedido de colegas e da necessidade de um nome de consenso para a Casa, vou concorrer”, afirma Fogueteiro no texto.
Majô também enviou um texto à redação de OFATOMARINGA.COM reafirmando sua candidatura à presidência, mesmo depois que Fogueteiro voltou atrás. Majô lembra que se eleita, seria a primeira mulher a ocupar o cargo e se diz movida pelos desafios.
“Me sinto pronta para assumir essa responsabilidade, por isso coloquei meu nome à disposição dos colegas. A presidência deste órgão tão importante é mais uma posição que enquanto cidadã e mulher pretendo honrar firmemente”, argumentou a vereadora.
Enfim, aparece também o nome do experiente Flávio Mantovani (PSD). Filho do ex-vereador Paulo Mantovani, Paulo Mantovani, Flávio é comunicador, Advogado com especialização em Direito Público e ativista da Causa Animal.
Vereador por três mandatos, foi eleito vereador em 2017 vereador com 5.971 votos, reeleito em 2020 como um dos mais votados da história de Maringá, com 6.424 votos e em 2024 eleito com 5.063 votos. O vereador tem conhecimento do regimento, circula bem entre a maioria, mas é difícil imaginar que o Progressistas, partido que tem seis vereadores possa consentir que o cargo continue com a sigla.
Flávio Mantovani mantém sua canidatura a presidência. Foto – OFATOMARINGA.COMA conta que se faz nos bastidores varia de acordo com quem faz as contas. É um jogo de poder, onde o universo dos eleitores sofre uma grande influência de suas bases. O exit pool dos bastidores aponta para um vitória que atende descontentes com as novidades. Pode também acontecer que a estreante vença por uma diferença mínima de votos e aí, ninguém vai poder falar mais nada. Até o domingo outros nomes que não manifestaram publicamente ou através de suas assessorias de imprensa, podem apresentar candidaturas surpresas, o que se acontecerá será talvez para marcar posição política, mais do que para vencer, já que o resultado de verdade, se constrói nos bastidores.